terça-feira, 24 de agosto de 2010

Energia
PI em Questão debate fontes de energia renováveis
No dia 26 de agosto, a Academia de Propriedade Intelectual do INPI realiza mais uma edição do PI em Questão, com o tema Energia. Com a participação de palestrantes do INPI, da ANP e da Petrobras, entre outros, o encontro pretende trazer as principais discussões da área acadêmica sobre a geração de energia.
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Acordo
INPI e ABPI anunciam parceria para promover a propriedade intelectual no Brasil
Numa economia baseada no conhecimento, os direitos de propriedade intelectual são essenciais para garantir uma posição cada vez mais destacada ao Brasil no cenário global. Neste contexto, o INPI e a Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI) anunciaram um acordo para promover o uso dos ativos intangíveis no País. Ao realizar o anúncio na abertura do XXX Congresso de Propriedade Intelectual, promovido pela ABPI, entre os dias 22 e 24 de agosto, o presidente do INPI, Jorge Ávila, destacou a importância de realizar seminários, estudos e missões conjuntas entre a entidade e o Instituto, sempre com foco na relação entre a PI e o desenvolvimento.
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No Brasil e na África

Apoio às micro e pequenas empresas é prioridade nas políticas públicas
Entre Brasil e África, há muitas diferenças nas realidades locais e nas políticas de propriedade intelectual. Porém, uma prioridade em comum é o apoio às micro e pequenas empresas (MPEs). A razão é simples: estes empreendimentos são geradores de emprego e renda, com potencial para crescer a partir do uso da propriedade intelectual.
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Cortesia - Dr. Olivio Freitas
http://www.oliviofreitas.com.br/

domingo, 22 de agosto de 2010

A ciência contábil

O universo em sua incomensurável grandeza, sempre foi e é motivo de curiosidade e investigação aos olhos humanos, que tentaram buscar a reposta de sua existência e a razão de seus fenômenos.
Na tentativa de explicação dos fenômenos dessa realidade surge o conhecimento.
O conhecimento é a tentativa de explicar ou buscar a razão de alguma coisa ou de algum fenômeno, tendo a verdade como o seu principal objetivo.
Os grandes autores dividem o conhecimento em duas fases:
• Empírica
• Cientifica
Sabemos que em todos os ramos do saber, o Conhecimento passou por uma fase inicial, de experimentação, e de busca de raciocínios mais estáveis.
Na fase empírica, vemos a presença de um conhecimento parcial e frágil, que não encontra um equilíbrio ideal, denotando um apego exagerado à forma e à prática, sendo inconsistente em muitos aspectos de generalização.
O conhecimento cientifico, por sua vez, penetra na essência do fenômeno, buscando suas condições, relações, causas e efeitos, descrições, e explicações, com uma validade que ultrapassa o tempo e o espaço.
A ciência busca leis que sejam uniformes e gerais, no tempo (época) e no espaço (ocorrência do evento).
O empirismo por si apenas, é experiência isolada que não se adequa aos rigores do tempo e do espaço, a não ser se for usado como meio para se obter leis gerais da ciência que sejam mais perenes.
Todas as ciências passaram pela fase empírica (que se caracterizava por um apego à forma e à parte mecânica apenas), até conseguirem ostentar um conhecimento mais racional-explicativo como é o Cientifico, que em se tratando da Contabilidade seria marcante do século XIX em diante.
A riqueza sempre esteve presente na civilização (seja ela organizada ou não), inspirando em muitos a racionalização de seus fenômenos com suas causas e efeitos no mundo social.
Na fase empírica da Contabilidade, temos registros contábeis de 27.000 atrás, na época da pedra lascada quando o homem procurava representar o objeto Contábil através da escrita.
No Egito antigo, a Contabilidade auxiliava a administração governamental em suas decisões.
Também na mesopotâmia, a escrita Contábil estaria presente devido ao alto nível de práticas comerciais, inclusive, esta região, estaria incluída no conjunto de regiões que praticavam fatos extraordinariamente contábeis, cujo apelido era “Fértil Crescente”.
Temos traços Contábeis nítidos, na Grécia e Roma antiga na Gestão Pública.
Todos esses feitos e muitos mais pertencem à fase empírica da Contabilidade onde o ser humano não explicava consistentemente as relações e proporções do objeto, mas apenas informava o que se passava na riqueza.
A prática sobejada de representar a riqueza na sua quantidade e qualidade e não explicar os efeitos potenciais do objeto representou a fase empírica.
O homem sabia “o que” e “quanto” mais não sabia “o porquê”, que aquilo acontecia na riqueza.
O homem, não distinguia a informação daquilo que ela demonstrava.
Por isso o Contador era representado pela figura do “escriba”, pois apenas registrava e produzia informação, contudo, sem explicar o que ela representava.
Embora não alcançasse o ápice do conhecimento na fase empírica, e de ênfase do método da contabilidade, todos os esforços foram louváveis, devido à tentativa da busca da verdade, que ocorre com o tempo e evolução do intelecto humano.
Na busca do raciocínio lógico e organizado da Contabilidade temos personagens de egrégio valor entre eles: Abdullah Ibn Mohammed ibn Kya al, Benedetto Cotrugli, Luca Pacioli, Ângelo Pietra, Giovanni Antonio Moschetti, Ludovico Flori, Bastiano Venturi, Matthieu La Porte, Edmond Degranges, Giuseppe Bornaccini, Giuseppe Ludovico Crippa e muitos outros, que fazem parte dos períodos literário e pré-científico da contabilidade, pois na tentativa de explicar o objeto, se cerceavam mais na informação sobre este.
Todos este autores e muitos outros produziram obras de valor com um singular teor cognitivo ultrapassando até o pensamento de sua época (que caminhava para o científico).
A fase cientifica da Contabilidade inicia-se com R.P. Coffy (1840), francês pertencente à Academia de Ciências da França, que em sua obra definia a contabilidade como a ciência da riqueza organizada.
Logo após este insigne autor temos Francesco Villa, contador Italiano que em 1840 lançava a obra “La contabilitá applicata alle administrazione private e publiche”, que recebeu honras Acadêmicas e premiações públicas; o teor de sua obra procurava explicar os aspectos da contabilidade definindo-a como ciência da riqueza que buscava a essência de seus fenômenos e não apenas a forma de se representá-lo (informações contidas na conta e Demonstrações).
A obra de Francesco Villa (1840) marca a contabilidade Cientifica (que só se limitava à informação), para a busca da substância do seu objeto.
Seguindo o parâmetro deste autor, diversos outros, demonstravam o seu pensamento cientifico entre eles: Francesco Marchi, Giuseppe Cerboni, Giovanni Rossi, Fábio Besta, Carlo Ghidiglia, Eugen Schmalenbach, Leo Gomberg, Alberto Ceccherelli ,Gino Zappa, Pietro Onida, Aldo Amaduzzi, Vincenzo Masi, Raymond Mayer, Johnson, Johnston, Hendriksen, Breda, Richard Mattesich, John Myer, Atkinson, Kaplan, Norton, Jaime Lopes Amorim, Fernando Dias, Rogério Fernandes Ferreira, Fernando Gonçalves da Silva, Martim Noel Monteiro, Jorge Pereda, Moises Garcia Garcia, Mario Biondi, Carlos Casella, Domingos Fabris, e muitos outros que com seus gigantescos intelectos garantiram níveis de qualidade à Contabilidade.
Na fase cientifica da contabilidade, temos diversas doutrinas de valor, todas com aspectos diferentes, porém tentando buscar a verdade sobre o objeto Contábil; basta lembrar que durante esta busca, a Contabilidade, foi severamente confundida e até mesmo mesclada com o Direito, Administração, Economia, Matemática e até com a informação presente desde a vetusta fase empírica.
A doutrina que mais ganhou adeptos devido ao nível Epistemológico de seu teor, foi o Patrimonialismo de Vincenzo Masi, cuja primeira exposição de suas idéias foi em 1926 da Revista Italiana de Contabilidade, e depois em obra específica: “La Ragioneria come scienza del patrimônio”.
A contabilidade desferiu sua real qualidade, através deste mestre que especificou o seu objeto, explicando os seus aspectos e Estruturas, os campos de observação e a análise dos seus efeitos no mundo social.
A riqueza, como já dissemos, sempre esteve presente nos empreendimentos humanos e foi o Patrimonialismo de Vincenzo Masi, onde a contabilidade encontrou a sua maior dignidade, distinguindo-se dos pensamentos empíricos e inconsistentes, ou formais, e dos outros ramos do saber humano.
A contabilidade possui todos os aspectos e requisitos de um conhecimento Cientifico e Superior, são os seguintes:
 Possui objeto Próprio e fenomenológico;
 Estuda o seu objeto analiticamente fornecendo explicações;
 Produz teorias Comprovadas e vários teoremas;
 Possui Doutrinas sobre o seu objeto;
 Informa, e explica o seu objeto;
 Possui uma filosofia;
 Possui uma autonomia;
 Presta utilidade ao homem e à sociedade;
 Presta cooperação com as outras Ciências;
 Analisa, verifica, e atesta conclusões sobre o seu objeto;
 Possui história e tradição;
 Seu conhecimento evolui e está sujeito a evolução;
 Busca a essência dos fenômenos e suas razões;
 Possui capacidade filosófica de interpretação e produz raciocínios estáveis;
 Produz modelos de comportamento do seu objeto;
 Beneficia a sociedade e o homem que nela vive;
 Possui uma ética e um código pertencente aos que lhe dedicam;
 Possui níveis cognitivos avançados como o conhecimento científico-filosófico.

No Brasil, a Doutrina Patrimonialista, desde o inicio do século passado até o presente momento, revelou vários adeptos dentre eles: Francisco D`auria, Frederico Herrmann Júnior, Hilário Franco, Antonio Lopes de Sá, Olívio Koliver, Albino Steintrasser, Américo Matheus Florentino, Armando Aloe, Francisco Valle, Cibilis da Rocha Viana, Antonio Boucinhas, Alberto Almada Rodrigues, José Nascimento, e muitos mais que em suas obras revelam a Contabilidade como a Ciência do Patrimônio.
Dentre os cientistas brasileiros possuímos um, que muito nos orgulha, não porque seja o que mais escreveu em relação aos outros, mas por ser o criador de uma Doutrina Brasileira chamada Neopatrimonialismo.
Estamos falando do saudoso Antonio Lopes de Sá, mineiro, de Belo Horizonte, cujas obras revelam uma raríssima Cultura (muitas delas elogiadas até mesmo por Vincenzo Masi e outros decanos do pensamento contábil), sendo ele o pioneiro a escrever em nosso país, obras de Auditoria, Normas da Contabilidade, Leasing, Filosofia da contabilidade, teoria geral do conhecimento, e Contabilidade Gerencial.
Tamanha é a relevância e profundidade da Doutrina de Antonio Lopes de Sá, denominada Neopatrimonialismo, que possui alicerce nos grandes nomes da Contabilidade (como Vincenzo Masi, Giovanni Rossi, Alberto Ceccherelli, Jaime Amorim, Francisco D`auria, entre outros mais).
O Neopatrimonialismo, busca a Essência da Essência do Patrimonialismo, quando revela as relações lógicas do Fenômeno Patrimonial.
Tudo o que relatamos e muito mais, só demonstra que o conhecimento Contábil avança célere, apoiado em Doutrinas de Valor cujos membros publicam diversos trabalhos de teor profundamente científico-filosófico (basta citar os artigos do próprio autor do Neopatrimonialismo Contábil publicadas recentemente; “Analise de Balanços e Modelos Científicos em Contabilidade”, “Analise Cientifica do Equilíbrio do Capital e Modelos Contábeis Qualitativos”, “Enfoques Essenciais na Análise do Equilíbrio das Empresas sob a Ótica do Neopatrimonialismo”, além de livros com os temas neopatrimoniais publicados pelo mestre, e diversos de seus discípulos).
A contabilidade é a ciência que demonstra seu magnânimo valor, com obras de conhecimento avançado e altamente superior, oferecendo a sua contribuição através dos homens que prometeram defendê-la, em prol da Eficácia e Prosperidade da riqueza organizada dos empreendimentos sociais, para a satisfação das necessidades do homem e da sociedade em que vive.
Esta é, em resumo, a ciência contábil, do fenômeno patrimonial, e da prosperidade do patrimônio das entidades, e capital das empresas.


Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva,
Contador, especialista em gestão econômica das empresas, Docente da Univiçosa e da Associação comunitária de Raul Soares, ganhador do prêmio internacional de história da contabilidade, e membro da escola do neopatrimonialismo.

E-mail: rachavesilva@yahoo.com.br

Fonte - Revista Contábil & Empresarial Fiscolegis, 05 de Agosto de 2010

CIRCULAÇÃO, GIRO E EMPREENDIMENTO

O conceito que existe sobre a circulação naturalmente é original da medicina, ciência que estuda, detecta e cura as doenças do ser humano.
O termo circulação é utilizado em larga forma para designar o processo de movimento do sangue no interior do corpo humano e a partir do século XVII mereceu maiores abordagens por parte dos estudiosos.
Logicamente, não conseguiria explicar a circulação sanguínea, em seu complexo processo, contido nas veias e artérias, como fez o fisiologista inglês Wiliam Harvey (1578 – 1657) ao antigo rei Carlos I da Espanha, e nem seria este o meu objetivo. Se o fizesse estaria ultrapassando os limites de minha gnose.
Mas do mesmo modo que existe um processo de circulação no organismo humano, existe um processo semelhante no organismo patrimonial.
A circulação no âmbito da ciência contábil é uma transformação derivada de um movimento, provocado por fenômenos da riqueza.
Ou seja, quando um elemento patrimonial se transforma em outro elemento, devido a um fenômeno contábil, está ocorrendo uma circulação.
Quando, por exemplo, o estoque é vendido à vista, está ocorrendo uma transformação derivada de um fenômeno, que provoca movimento.
Neste caso especifico, o estoque se transforma em numerário, pelas vendas, significando uma circulação.
Quanto mais circula um elemento, mais velocidade ele tem em seu movimento.
Maior circulação é sinal também, de maior “renovação” do elemento.
Como o patrimônio é estudado como se fosse um organismo “vivo” (e tal concepção não provém de mim, mas de grandes mestres da contabilidade entre eles, Coffy, Villa, Marchi, Rossi, Cerboni, Massa, Besta, Zappa, Checherelli, Amorim, Masi, D`auria, Herrmann Júnior, Pfaltzgraff, Vianna, Florentino, Koliver, Garcia, Sá, e muitos outros grandes nomes da contabilidade mundial), ele depende da circulação correta, nos seus “órgãos” e “funções” para sobreviver.
O fenômeno de circulação acontece em momentos diversos e de forma constante, até de forma imperceptível pela inteligência humana (quando realizamos o registro da riqueza, o fato há muito, já tinha ocorrido no patrimônio).
Quando o número de circulações, forma um conjunto, temos um outro fenômeno que se chama: Giro.
A circulação provoca o giro, como causa principal, e este em conjunto, atinge a outras circulações.
Não obstante, os fenômenos de circulação e giro são diferentes.
Mas ambos servem para averiguar a sanidade do patrimônio em funcionamento.
Os empreendimentos em geral, tanto os lucrativos (que são as empresas), como os idealísticos (que são as entidades), dependem do giro e circulação para a sobrevivência e prosperidade.
Recentemente, pesquisas diversas já comprovaram (basta verificar em jornais específicos de comercio, os jornais televisivos e as informações da internet), que a causa do definhamento da riqueza das células sociais, está também na ineficácia do capital de giro.
Isto que dizer que; na ausência da velocidade de circulação e giro, existe “falência” do ente-patrimonial.
Ora, se um organismo humano tiver ausência de circulação, a sua tendência é perder a vitalidade e “morrer”.
Do mesmo modo acontece no organismo patrimonial.
Como disse anteriormente, o patrimônio é como se fosse um organismo vivo, tal mentalidade já muito antes era pregada por Giovanni Rossi em sua obra: “L`ente econômico-amministrativo” do século XIX, que cabe a mim destacar o valor deste importante mestre á contabilidade( mesmo em épocas em que a contabilidade estava atada aos aspectos jurídicos).
O saudoso e emérito professor Francisco D`auria, já dizia que no organismo administrativo, existe uma “patologia” e uma “terapêutica” que somente a ciência contábil poderia comprovar e transmitir (pois, esta é a finalidade de nosso conhecimento).
Seria inequívoco ressaltar que uma grande parte, das patologias é provocada pela ausência da velocidade de circulação e giro no organismo administrativo.
Muito mais que informar ao fisco o que as empresas devem pagar periodicamente, deve-se também explicar aquilo que é fundamental na “vida” dos empreendimentos e obviamente, tais explicações abrangem os fenômenos de circulação e giro do capital.
As explicações dos fenômenos patrimoniais acabam sendo mais importantes do que o próprio ato de informar, pois, informações sem sentido ou sem “porquês”, praticamente não alcançam o escopo designado e não demonstram utilidade para a gestão e eficácia patrimonial.
Existe grande diferença entre informar e saber o que se pode extrair da informação.
Uma analise do capital de giro pode permitir decisões importantes para o crescimento da riqueza.
Contudo, para se analisar os fenômenos de circulação e giro dos empreendimentos é preciso ter uma cultura superior.
Os empresários, portanto, podem solicitar aos seus contadores, orientações especiais para a sanidade patrimonial, orientações estas, também concernentes à circulação dos valores e giro do capital, pois, estes fenômenos também transmitem a vitalidade para a riqueza.
Um conselho básico para a ação dos administradores, decisão dos empresários e conhecimento do leitor, no controle do capital de giro é evitar proporções exageradas de investimento.
Por exemplo, o excesso de estoques e de créditos, pode muitas vezes, prejudicar o giro da riqueza (mas nem sempre isto acontece, cabe, portanto, aos empresários consultarem os “médicos” do seu empreendimento, para saberem a medida correta de investimento e a correta capacidade circulatório do seu patrimônio).
Cada caso é um caso e tudo deve ser observado com extrema relatividade.
A circulação e o giro são fenômenos importantes, impreteríveis e imprescindíveis, para a sanidade e prosperidade da riqueza das células sociais.
Portanto, para que o empreendimento exista e perdure, ele depende da eficácia de circulação e giro do capital, fenômenos importantes da dinâmica patrimonial.

Cortesia do Prof. Rodrigo Antonio Chaves Da Silva
Docente da Univiçosa, Analista Patrimonial, membro da escola do Neopatrimonialismo, ganhador do prêmio internacional de análise financeira

A CONDUTA DO HOMEM NA SOCIEDADE E AS REGRAS

A conduta do ser humano designa o estado em que o mesmo produz seu comportamento, considerando a sua atividade, e a sua contribuição social.
Ou seja, a conduta do ser exige padrões de qualidade, e de respeito à comunidade, e às demais pessoas que se beneficiam de sua arte e inteligência, as quais a mesma atividade humana exerce alguma influência, em resumo, o homem não pode agir ao seu bel prazer, tem que agir em respeito aos outros.
Mas, contudo, como o homem deve se comportar, de que modo, quando, onde, e com quais perspectivas são relações que também concernem à sua conduta.
Existe uma ciência, ou um conhecimento, que trata da conduta do homem, esta é chamada ética.
Qualquer atividade humana, e até profissional se não se inspirar no respeito à ética, adotará pontos falaciosos, ou discutíveis no âmbito de validade, e de qualidade em relação aos seus efeitos diversos.
O homem por natureza é um ser social, e na sociedade que ele deve se portar, então, só pode agir, respeitando acima de tudo, os direitos e os deveres que regem seu comportamento pelas regras, estas são embasadas na ética, embora, possa existir regras que não tenham total fundamentação na mesma ciência (isso é comprovado, e infelizmente existe, em quaisquer ramos do saber ou da sociedade).
Isto é, o homem na sua conduta deve respeitar os outros, nos direitos e deveres de uma comunidade, com base em costumes ou leis.
Os grandes doutrinadores do direito, e da dimensionalidade normativa, não cansam em falar, e são unânimes no fato, de que, uma regra não pode ir contra um costume, ou ainda, cometer crime, ou ser contrária a uma técnica, e a um conhecimento, com pena para ser inválida, ou ainda, não ser colocada ou destinada a todos, porque cobre interesses particulares, sem uma posição democrática provinda de poderes legítimos.
É histórico dizer, que quando o homem se tornou um ser civilizado e sapiente, procurou formular regras de conduta, para que suas atitudes não prejudicassem a sociedade em que vivia.
As regras, todavia, tinham validade real, porque se embasavam nas questões pertinentes aos conteúdos que se referia, próprios de um costume, de uma cultura, de um benefício social, práticos de uma comunidade.
Desde o antigo Egito havia regras de comportamento para os profissionais do escalão público e para as pessoas que viviam naquele território, e condições semelhantes encontramos na Mesopotâmia (há aproximadamente 2.500 a.C.).
Com a religião tais normas se tornaram comuns: o povo judeu foi o que mais se amparava nas regras de conduta escritas no seu decálogo, contudo, os demais povos possuíam também suas prescrições religiosas, humanas, sociais.
O ser humano para viver em sociedade necessitou sempre de ter conduta, postura, classe, no trato com os seus semelhantes, ainda mais quando ele pertencia a uma classe profissional.
As instituições de classes específicas, representam um organismo importante para o controle, a melhoria, e a fiscalização de uma profissão.
Na contabilidade o orgão maior da classe no país chama-se: CFC (Conselho Federal de Contabilidade), seguido das suas representações estatais, como o CRC (Conselho Regional de Contabilidade), e assim por diante (citei apenas estas duas instituições para efeito de ilustração, além de outras).
Em nível internacional imputou-se ao IASB (grupo internacional de normas de contabilidade) a emissão de normatizações, todavia, não especificamente, o mesmo comitê elabora regras de fiscalização e conduta do profissional, sendo assim, em nosso caso, o Conselho Federal de Contabilidade, é o responsável pelo cumprimento da ética de nossa profissão na sua aplicação.
Basicamente, as instituições profissionais servem para privilegiar a ideal conduta do contador.
No entanto, as normas emanadas por órgãos específicos de contabilidade (aqui os responsáveis por regras), caso não se embasem na ética, podem ser alvos de questionamentos válidos no que tange à qualificação das mesmas letras.
Por exemplo, se a informação contábil for normatizada de modo errôneo, por quaisquer institutos, de modo que a ética do contador seja ferida, denegrindo a harmonia da nação, e da técnica que rege a nossa ciência, ela demonstra a sua ineficácia, e deve ser criticada, e alterada para o melhor termo, pois, no seu basilar conceito não coloca pontos válidos na prática, e na conduta ideal do profissional.
Se uma norma, ou regra qualquer, aponta elementos que podem deturpar balanços (aqui estamos citando a nível de contabilidade), isso é crime, e fere as leis nacionais e internacionais, ainda, é crime ético, pois, a conduta do profissional não respeita a pública qualidade da profissão, ou ademais, é crime contra a ciência, devido a denotar uma atividade que seria totalmente contrária à nossa técnica e qualidade informativa.
Não existe no mundo todo, obrigatoriedade de seguir normas ou regras que permitem a conduta aética, e que seja criminosa na lisura de ostentação da atividade profissional, contrária à ciência, às leis, aos costumes, e contudo, denegrindo a comunidade.
Aliás, é mais do que adequado fazer com que não se siga aquilo que por ser regra deve-se talvez seguir, mas, sem base ética, sem apoio a uma emanação de poder válida, para cumprir ou atender sentidos contrários aos costumes, à tradição, à conduta ideal, e lisura científica consagrada, atestada, aconselhada, e mais plausível.
Isso é crime contra a comunidade, e logo, não pode ser aceita a sua prática (da regra) por todos os meios.
É uma exigência básica termos uma conduta, que revela zelo social, no amor a si e ao seu semelhante, tal como à sociedade em que vive, e ainda à nossa ciência e técnica; então, a ética para cumprir as regras que sejam validas, também atinge este panorama.
Logo, quando as mesmas letras são fundadas em técnica e ciência, e são amparadas pela lei ética, deve-se cumprir, todavia, o contrário, não se aconselha o seu atendimento por todos os meios, por constituir-se elemento ilícito socialmente, ferindo o direito, o costume prático e justificado, as comprovações conquistadas, e ao conhecimento consagrado, prejudicando a conduta social do profissional no exercício da sua atividade.

Cortesia do Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva – rachavesilva@yahoo.com.br
Contador, Docente da Univiçosa, membro da escola do Neopatrimonialismo
Empresário do setor contábil, Auditor e consultor de empresas. Este blog, tem o intuito de levar informações aos empresários em geral. As matérias aqui reproduzidas de outros autores, devem ter a permissão "politica de privacidade do autor"; não nos responsabilizamos por matérias não editadas por nós. Para fazer referencia as nossas noticias artigos e conteudo do blog, é permitida, desde que indicado a fonte.